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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Estudo desvenda parte do cérebro que faz ver 'fantasmas'

Sentir a presença de alguém, mesmo que não exista ninguém, motivou um grupo de cientistas a pesquisar a sensação de estar próximo a uma “presença-fantasma”. De acordo com um recente estudo divulgado na publicação científica Current Biology, essa sensação se origina em uma parte do cérebro.

Os cientistas afirmaram ter identificado certas áreas do cérebro que são responsáveis pelos relatos de pessoas que possuem essas sensações. Para essa conclusão foi criado um experimento que faz com que as pessoas sintam que há um fantasma por perto.

Segundo Giulio Rognini, cientista do Instituto Federal de Teconologia da Suíça, essa sensação é sempre muito "real".

O estudo foi realizado com 12 pessoas que sofriam de algum distúrbio neurológico e que contaram ter tido alguma experiência de uma “presença-fantasma”. O resultado do teste revelou que todos esses pacientes tinham problemas em regiões do cérebro que estão relacionados à autoestima e aos movimentos corporais.

Os cientistas fizeram o teste com 48 voluntários que não tinham sensações paranormais.

O teste consistia que todos os participantes fossem vendados e que o robô fosse manipulado com as mãos. Durante esse movimento, outro robô, o qual estava posicionado atrás do participante, realizava os mesmo movimentos. Quando isso ocorria ao mesmo tempo, os participantes não relataram nada estranho.

No entanto, quando havia um atraso entre os movimentos, um terço dos voluntários disse que havia sentido uma “presença-fantasma”. Outros contaram ter sentido a presença de até quatro “aparições”. E, para dois dos voluntários, o experimento não foi concluído, por causa da grande sensação sentida por eles, pedindo assim, para não concluírem.

Os pesquisadores perceberam que essas interações estranhas com os robôs alteraram temporariamente a função do cérebro nas regiões associadas com autoconsciência e percepção da posição dos corpos.

De acordo com a equipe da pesquisa, a "presença-fantasma" é sentida por uma "confusão" do cérebro. Segundo eles, o cérebro está calculando mal a posição do próprio corpo e o identificando como pertencente a outra pessoa.

Redação O POVO Online

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