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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Salmito é quase consenso para presidir Câmara; Psol se divide

O vereador Salmito Filho (Pros) caminha para ser eleito amanhã presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, na eleição mais fácil dos últimos anos. O único partido a declarar que não votará nele é o Psol. Entretanto, a vereadora Toinha Rocha, uma das duas que o partido elegeu, afirmou que, mesmo com resolução partidária em sentido contrário, deve votar em Salmito.

De acordo com o provável futuro presidente do Legislativo municipal, sua prioridade, caso confirmada a eleição, será “aproximar casa vez mais a Câmara Municipal da população de Fortaleza. E isso se faz através da sociedade civil organizada”. Diferentemente da única vez em que foi presidente da Casa, entre 2009 e 2010, o vereador tem agora o apoio da Prefeitura.

O vereador, que foi secretário de Turismo da gestão Roberto Cláudio (Pros) nos últimos dois anos, afirma que pretende manter a autonomia da Casa em relação ao Paço Municipal. “Eu sempre defendi, por concepção política e até pela minha formação como sociólogo, que os poderes devem ser independentes, porém harmônicos”.

Ele não esconde que tem relação não só de apoio como de amizade com Roberto Cláudio, mas, de acordo com Salmito, “a minha relação com a maioria dos vereadores é inclusive anterior a com o próprio prefeito”.


Oposição

Entre os apoios alcançados por Salmito, está o de seu antigo partido, o PT, hoje na oposição. De acordo com o líder da bancada oposicionista, Guilherme Sampaio (PT), “percebemos que, para ele, era muito importante ter o voto do partido”. Ele afirma que o apoio da bancada petista foi acertado em uma discussão que envolveu diversas reuniões entre os parlamentares e com Salmito. “Queríamos uma mesa diretora que representasse esse fortalecimento da Câmara”, justificou.

Perguntado se não haveria contradição entre pregar a independência do Legislativo - o líder da bancada, Deodato Ramalho, divulgou nota criticando o que ele chama de “tentativa de manobra do Executivo para interferir na eleição do próximo presidente da Câmara” - Guilherme afirma ser “óbvio que nós não somos ingênuos de entender que o Salmito é um vereador de oposição”, mas que a proximidade com o prefeito “não é uma falta de legitimidade”.

De acordo com o petista sua expectativa para o próximo biênio é o reconhecimento e a mediação por parte da Mesa Diretora dos conflitos entre situação e oposição na Casa. “Nenhuma Câmara é forte se não tem situação e oposição reconhecidas”, considera.

(O Povo)

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