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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Após mudança nas regras, dispara concessão de crédito consignado

As concessões de crédito com desconto em folha de pagamento, o consignado, dispararam em outubro. Segundo o Banco Central, houve um movimento intenso de renovação de operações dentro das novas regras aprovadas pelo governo para esticar esses financiamentos. Entre setembro e outubro, a liberação desses empréstimos cresceu 47% para servidores públicos e 58% para beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

No final de setembro, o governo elevou o número máximo de prestações no consignado para servidores de 60 para 96 meses. No INSS, o limite de parcelas subiu de 60 para 72 meses. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, com a melhora das condições, os credores optaram por quitar dívidas antigas e obter novos financiamentos. “Foi uma renovação de operações. Depois desse crescimento, devemos ter um ritmo menor [nos próximos meses].” Em apenas um mês, o prazo médio das concessões do consignado subiu de 55 meses para 63 meses.

Maciel afirmou que não há preocupação do governo em relação a um possível aumento de calotes por causa desses prazos maiores. Segundo ele, a inadimplência de consignado (2,5%) nunca foi um problema e sempre esteve abaixo da média das outras linhas para pessoas físicas (4,2%). No consignado para trabalhadores do setor privado, por outro lado, as concessões caíram 4% no mês. Esses clientes respondem por apenas 8% do consignado total. Para ele, a taxa média de juros é de 34% ao ano, acima do verificado no INSS (28% ao ano) e para funcionários públicos (23% ao ano).


Veículos

As concessões de crédito para compra de veículos por pessoas físicas atingiram os maiores valores do ano em setembro e outubro. Na média desses dois meses, houve crescimento de 10% em relação aos dois meses anteriores. Segundo o BC, o resultado reflete as medidas de liberação de recursos para essa modalidade, que estava condicionada à ampliação desses negócios pelos bancos. Foram liberados nesses dois meses, respectivamente, R$ 8,5 bilhões e R$ 8,6 bilhões. O estoque dessa modalidade de financiamento mostrou queda de 0,1% na comparação entre setembro e outubro.

(O Povo)

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