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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Está mais fácil financiar

Ter a casa própria ficou mais fácil depois de novas medidas criadas para estimular o financiamento habitacional no Brasil. O setor destaca a maior disponibilidade de crédito para a população. Eles esperam ainda mais facilidades em breve, porque o Governo ampliará as vantagens por meio medidas provisórias que precisam de regulamentação: um novo título privado para financiamento imobiliário, a Letra Imobiliária de Garantia (LIG); o uso de imóveis quitados como garantia em operações de crédito, com a finalidade de reduzir juros e aumentar o prazo de pagamento; e o uso de 3% dos recursos da poupança para os bancos emprestarem a quem quer comprar a casa própria.

O dinheiro não está restrito à Caixa Econômica, nem às demais instituições públicas. Hoje, qualquer banco privado financia imóveis, basta que o cliente tenha condição financeira para arcar com as mensalidades do contrato por cerca de 35 anos. Para a população, isso significa mais opções. Para os bancos, uma forma de fidelizar clientes por longo período.

O trabalhador também pode utilizar o dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para comprar sua casa própria. Mas as facilidades aparecem somente para aquelas que estão com as contas em dia e sem pendências nos órgãos judiciais.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, destaca que o crédito imobiliário é vantajoso para os bancos, que investem no setor. “Os bancos ganham com isso e realmente investem no setor imobiliário, agindo de forma para ganhar e fidelizar os clientes”.


Como funciona

Jefferson Oliveira, gerente comercial, mudou-se para seu novo apartamento há 2 meses. Ele financiou 60% do preço do seu imóvel, mas os bancos cobrem até 90% do valor da casa. Por lei, a parcela do financiamento só pode comprometer 30% do orçamento do comprador. Porém, Oliveira indica que esse percentual chegue a no máximo 20%.

Para o pagamento das parcelas, os bancos praticam juros que variam de 8,3% a 12% ao ano e entregam uma planilha com a descriminação da primeira até a última parcela. “Isso permite a previsibilidade, apesar de incidirem correções da moeda, na compra do imóvel”, ressalta Cristina Chaul, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado do Ceará (Sindimóveis).

“Hoje você tem crédito fácil no banco, além de poder usar imóvel quitado como garantia, pagando juros menores”. Ela ainda destaca o Minha Casa Minha Vida (MCMV), que permite que pessoas com renda familiar de até R$ 5 mil adquiram uma casa de até R$ 170 mil.

A corretora de imóveis Lúcia Mota acrescenta que, com as facilidades, a inadimplência ficou menor, mas, por outro, caso as parcelas do financiamento deixem de ser pagas por 3 meses seguidos, o cliente perde a posse do imóvel, como prevê a lei.

(O Povo)

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