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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Marina é o novo moralismo da direita

A pesquisa Ibope publicada ontem traz um aviso importante a todos que julgam que o ciclo de crescimento e desenvolvimento criado pelos governos Lula e Dilma são suficientes por si só para garantirem a reeleição da presidenta Dilma. O Brasil mudou muito nestes últimos 12 anos, e por este motivo, a motivação e os medos do nosso povo também. O fantasma do desemprego foi esmaecendo sob a certeza de que a ascensão social e econômica vivida nosúltimos tempos é fruto do esforço pessoal e não das políticas públicas. O acesso ao ensino superior também vive síndrome semelhante onde a conquista pessoal tem que se sobrepor à iniciativa do governo que promoveu uma brutal expansão de vagas e oportunidades. O acesso ao crédito também mascara a política de ampliação do consumo interno.
Vivemos um momento em que o reconhecimento de que as políticas públicas melhoraram a vida das pessoas soa como um reconhecimento de que as conquistas pessoais não foram fruto de seu esforço.
Ou seja, nega-se consciente e inconscientemente todas as mudanças que vivemos nos últimos 12 anos.
Neste momento confuso, eis que surge o novo. Difuso, moralista, egocêntrico e que reconhece nas pessoas a revolta esmaecida contra "tudo o que está aí".
Marina representa o oportunismo conservador que se alimenta do pior da alma humana.
Na história humana a manipulação política deste tipo de sentimento gerou caos, medo e atraso.
O moralismo elegeu Collor, Jânio e justificou o golpe de 64.
A reeleição de Dilma é tarefa política das forças progressistas e é o desafio maior de superarmos o moralismo latente em nossa sociedade.
A reeleição de Dilma significará que finalmente venceremos o janismo e o lacerdismo que se alimentam das frustrações e que vez ou outra se apresenta como alternativa, como é o caso de Marina.
Gustavo Alves - Sec. Comunicação PCdoB/Brasília

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